Acessibilidade na arquitetura

A acessibilidade é a qualidade do que se faz acessível e alcançável. Na arquitetura, significa a busca pela projeção de espaços capazes de atender a todas as demandas possíveis, sem negligenciar questões estéticas e conceituais.

Seguindo essa corrente e a Revolução Industrial, foi criado nos Estados Unidos o Desenho Livre de Barreiras, mais tarde conhecido como Desenho Universal. O conceito foi desenvolvido com base nas reivindicações de deficientes, que não se sentiam contemplados pelas estruturas e políticas públicas, e por um grupo de arquitetos, designers e engenheiros, que queriam democratizar o acesso e o uso dos espaços. Essa corrente chegou no Brasil alguns anos depois, em 1980, e resultou em novas medidas e leis para incorporar o tema ao cotidiano e estabelecer normas.

O Desenho Universal contempla sete princípios: uso equitativo, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, informação perceptível, tolerância ao erro, baixo esforço físico e tamanho e espaço para aproximação e uso.

Legislação e medidas públicas sobre acessibilidade na arquitetura

A NBR 500, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi a primeira medida tomada por órgãos oficiais que reitera a garantia da acessibilidade. As primeiras leis foram criadas em 2000 e se tornaram passíveis de cobrança apenas em 2005.

A proposta é difundir e estabelecer uma abordagem mais ampla, não restringindo apenas aos deficientes físicos, mas considerando quem tem dificuldades de locomoção, gestantes, idosos e obesos, garantindo o direito constitucional à acessibilidade.

Como é um projeto acessível?

O conceito de acessibilidade na arquitetura é aplicado diretamente na projeção dos espaços, na escolha inteligente dos materiais que irão compor o ambiente.

Além disso, o campo da arquitetura deve lidar com todas as variáveis da população, ou seja, as orientações para os projetos ultrapassam o que é adequado apenas a deficientes e idosos, mas deve suprir as necessidades de todos, considerando fases e possíveis situações (período de crescimento das crianças e circunstâncias provisórias de fraturas, por exemplo).

Selecionamos alguns passos que asseguram a acessibilidade em qualquer projeto. Confira:

  1. TRAÇOS NA MEDIDA

Resumidamente, a arquitetura inclusiva deve oferecer circulação de largura mínima de 90 cm ou mais e altura de 2,10 além de vãos de porta de no

mínimo 80 cm e de 1,50 m para manobras de cadeiras de rodas em 360° em qualquer ambiente.

  1. ACESSOS FUNCIONAIS E INCLUSIVOS

Para adaptar a construção às pessoas com mobilidade reduzida, o primeiro passo é garantir que o piso não terá irregularidades ou degraus que impeçam o acesso a qualquer lugar.

 

Rampas, plataformas e elevadores facilitam a locomoção dentro e fora das estruturas, mas devem estar disponíveis todo o tempo e não podem exigir um deslocamento ou afastamento dos outros acessos. A passagem deve ser, também, uma rota de fuga próxima a todas as áreas, sem dificultar a saída.

No caso de rampas, a inclinação deve ser pequena, com largura mínima de 1,20 m, piso antiderrapante, patamares no início e no final, além de corrimão duplo para apoio e suporte.

 

  1. ESCOLHA CORRETA DOS REVESTIMENTOS

Um bom projeto garante que os pisos tenham uma textura minimamente abrasiva e antiderrapante, por isso, evite pisos polidos e de pedras.

Aposte em pisos naturais ou rústicos, mais resistentes, com rejunte menor. Não se esqueça da instalação de sinalizações táteis nos pisos, principalmente nas calçadas e no interior de edifícios comerciais.

 

  1. ATENÇÃO ÀS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS

A instalação de pias e vasos no banheiro deve ser acompanhada de suportes e barras de apoio em qualquer construção. As principais orientações são: as tomadas devem ficar a 45 cm do chão e os interruptores a, no mínimo, 90 cm do chão.  As bancadas com torneiras devem estar a 85 cm do piso, em média.

Valorize a iluminação natural, evite o escurecimento total do lugar e selecione lâmpadas e luminárias difusas e não ofuscantes. Não se esqueça de garantir também iluminação em caso de emergências.

 

  1. ESCOLHA DOS MÓVEIS, ARTIGOS DE SINALIZAÇÃO E DE DECORAÇÃO

Tapetes por exemplo, podem não ser tão bons quando pensados na acessibilidade. Os objetos mais leves e soltos são perigosos por serem facilmente manuseados e pouco estáveis.

 

  1. INVISTA NA TECNOLOGIA E NA AUTOMAÇÃO

Esses aparelhos promovem a segurança e a autonomia dos usuários, por meio do uso da voz, da biometria, de telas e de painéis que facilitam o controle de iluminação, de climatização, o movimento de portas e janelas, entre outros.

 

Em resumo alguns dos itens que não pode faltar em um projeto de acessibilidade: Mapa tátil, Piso tátil, Placas sinalizadoras, Rampas, Corrimãos e barras de acessibilidade nos sanitários, Sanitários de tamanho adaptado.

Percebeu como a acessibilidade na arquitetura depende de poucos ajustes? A proposta é facilitar o uso dos espaços para todos!

Agora que você já conhece o conceito de acessibilidade na arquitetura, que tal dar uma repaginada no seu ambiente corporativo e oferecer mais qualidade de vida para os seus colaboradores e clientes. Conta para a gente nos comentários quais elementos você precisa implantar em seu espaço corporativo?

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